domingo, 22 de agosto de 2010

O novo momento do futebol brasileiro

Em post anterior, do dia 10 de junho, disse que este ano, os clubes brasileiros iam mais repatriar jogadores do que perder seus melhores atletas para Europa. Principalmente na quantidade. E que apenas grandes nomes ainda poderiam sair.

Dito e feito, a janela está se encerrando e pouca gente saiu. Muitos voltaram, inclusive para a Série B. Este novo momento do futebol brasileiro, vai ficar marcado pelo "Fico" de Neymar do Santos.

A negativa do Santos em vender o jogador ao Chelsea e a sua persistência em oferecer vantagens para que o jogador ficasse são frutos do novo momento do futebol brasileiro.

Primeiro, nossa economia cresce em níveis superiores aos países europeus. O Real se suprevalorizou frente ao Dólar e especialmente, frente ao Euro. Hoje, uma oferta do exterior tem que ser muito boa para compensar, já que não há a disparidade louca das moedas de outros tempos.

O crescimento da economia fez com que as receitas publicitárias dos grandes clubes aumentassem muito. Grandes empresas querem o futebol brasileiro, que ao manter seus jogadores, vai aumentar o interesse do público e consequentemente das empresas. Mesmo clubes médios, bem administrados, estão crescendo vertiginosamente. O Avaí, que conheço bem por morar em Florianópolis, tem um orçamento anual de R$ 32 milhões de reais, isso dá mais de R$ 2 milhões e meio por mês. Este clube chegou na Série A há dois anos.

Uma vêz ouvi uma frase lapidar, que os clubes não poderiam se desfazer de seus astros, seria como a Disney vender o Mickey. O Santos foi o primeiro clube a entender bem o novo momento. Recusou a vender o seu Mickey e vai crescer muito com isso.

Guardem este momento, a permanência de Neymar é um marco da virada do futebol brasileiro.

3 comentários:

  1. Wilson, tudo bem.

    O Avaí já deixou o Goiás para trás,
    Enquanto isso o Vila Nova tem 300 mil mensais, e alguns torcedores já estão implorando para o Barros voltar com mais 200 mil mensais.
    Wilson fala para o pessoal do Avaí vir dar um curso intensivo para o sobral daqui.
    Aqui tem é dirigente caipira que nunca atravessou o Meia Ponte, o pessoal está precisando viajar para aprender alguma coisa.

    Willian D. Naves.

    ResponderExcluir
  2. Muito boa postagem Wilson; acho que é por aí mesmo. Como ótima alternativa para clubes tradicionais como Vila Nova e Paraná acho FUNDAMENTAL usar as três vagas de estrangeiros aqui da américa do sul até porque como vc mesmo disse o real está muito valorizado e assim esses jogadores sairiam muito baratos. Jogadores médios daqui custam o mesmo que ótimos lá de fora. Exemplos não faltam: Conca,Dalessandro, Valencia volante, Ariel centroavante.... os dirigentes precisam é acompanhar muito de perto campeonato paraguaio, uruguaio e até argentino. O que acha disso? Abraço

    ResponderExcluir
  3. Calma Willian... Me passe um e-mail com seu telfone. Quando eu estiver em Goiânia eu te ligo. Todas as vêzes que vou aí, um gruo de conselheiros do Vila gosta de trocar idéias comigo. Caso isto aconteça eu te ligo.

    Alessandro, vc tem toda razão. Estive no Chile recentemente, e fiquei pasmo com os preços e o custo de vida lá, muito mais barato que o nosso. Daí que os brasileiros estão torrando no exterior (vide dados do governo). Então, os preços estão convidativos em toda a América Latina, exceto o México. E isto se refere também à mão de obra para o futebol.
    Quando dirigente, sempre quis contratar um estrangeiro. Em 2000, contratei um centroavante argentino, que atuou no Veranópolis, no entanto, as dificuldades para a inscrição são enormes e o clube acabou desisitindo.
    Recomendo ficar de olho nestes mercados para buscar ótimos jogadores naquela posição carente, jogador mediano, o trabalho não compensa. Porém, para buscar o ótimo tem que ter alguém muito atento e chegar primeiro. Não vejo nossos clubes com gente qualificada para isto.

    ResponderExcluir