A torcida do Vila Nova está em lua de mel com o treinador Edson Gaúcho. São quatro vitórias consecutivas e uma delas sobre o Goiás, principal rival. A classificação virá no fim de semana, o Vila certamente enfrentará o Santa Helena na semi-final e depois de muitos anos o Vila voltará a se credenciar para uma final e para a Copa do Brasil.
O único risco é a escalação para este domingo. Gaúcho optou por um time muito ofensivo e com pouca proteção no meio campo. Escalação arriscada, para quem precisa apenas de um empate. (atualizado 03/04 às 12:36hs)
Mas vou fazer um alerta. Edson Gaúcho, se não mudou muito é um sujeito explosivo, pavio curto e de trato bruto, "polido a facão". Por outro lado é um motivador que incute o brio aos jogadores e tira um algo a mais do grupo, o que está acontecendo agora.
Sendo assim, com estas características, é um treinador para tiro curto. Ideal para o momento do Vila que vinha se arrastando e, em poucos jogos, já mudou sua vida no estadual.
Edson Gaúcho foi o cara certo, no momento certo. Ocupou o vácuo que havia na direção do futebol e já exerce bem mais que as funções de treinador. Ele liderou o Vila em uma nova fase.
No entanto, quero alertar agora que está tudo bem, Gaúcho pelo seu temperamento e forma de ver o futebol é talhado para estes trabalhos de tiro curto. O Brasileiro da Série B é outra história. Serão muitos meses de convivência, inclusive com momentos ruins que acontecem para todos. Cabe à diretoria estar preparada para evitar ao máximo as arestas (que normalmente virão) e que podem botar o trabalho a perder.
A euforia de agora, não justifica a falta de preparação para os percalços futuros, inclusive no relacionamento com o treinador e o deste com o grupo.
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